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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Por que o compliance da sua empresa deve ser levado a sério

Formatar uma cultura de ética sólida é um elemento primordial para as organizações sobreviverem ao longo do tempo. 
Shutterstock
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Ocorrências de fraude não são novidades para as empresas – em nenhum lugar do mundo, portanto, no Brasil, e, especificamente, no varejo, essa situação é real. Segundo a Pesquisa Global sobre Crimes Econômicos da PwC, de 2016, nos últimos 24 meses, 54% das empresas brasileiras que participaram do estudo da consultoria tiveram prejuízos financeiros ligados a fraudes de US$ 100 mil e US$ 100 milhões.
 
A situação se agrava quando a percepção é ampliada para o nível mais alto da cadeia: a 14ª edição do estudo Global Fraud Survey, da Ernst & Young, aponta que para 90% dos empresários brasileiros, corrupção e suborno são práticas comuns no ambiente de negócios nacional.
 
O que fazer?
Uma percepção é unanimidade entre os especialistas: se uma empresa almeja a prosperidade do negócio, precisa de uma cultura forte e um programa de compliance muito bem definido. Consequentemente, as fraudes são evitadas. O primeiro passo é construir um código de ética e políticas claras de conduta, que precisam ser passados de forma objetiva e educativa para todos os membros da organização – da liderança ao operacional.
Na definição do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, a governança é um sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e demais partes interessadas. Robert Juenemann, conselheiro da entidade, lembra que o conceito envolve quatro princípios: observância, prestação de contas, responsabilidade corporativa, transparência e equidade. Agindo dessa forma, os riscos tornam-se cada vez menores.
 
Nesse sentido, o papel da liderança da empresa é imprescindível. Primeiramente, agindo de forma ética para inspirar e guiar seus colaboradores. Depois, engajando sua equipe e atuando junto ao RH para que a cultura da empresa seja plenamente passada adiante.
O resultado de um compliance bem estruturado vai além dos cuidados com a fraude e diminuição dos prejuízos: quando uma empresa atua de maneira ética atrai funcionários que admiram essas práticas – geralmente, cidadãos mais éticos. “A empresa atrai melhores talentos. As pessoas que têm ambições ou uma perspectiva profissional de sucesso não querem estar atreladas a organizações com escândalos publicados”, aponta Leonardo Lopes, sócio da PwC Brasil.
 
A companhia pode, inclusive, atrair melhores parceiros de negócios, aponta Lopes: “O que a gente tem visto muito hoje no Brasil são investidores que estão querendo vir para o país procurando se associar a empresas que têm padrões de conduta no mesmo nível que eles têm lá fora”, conclui.
 
Fonte: Portal no Varejo

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