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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Como o Taco Bell se preparou para uma forte expansão no Brasil

O Taco Bell mal chegou ao Brasil e já está se expandindo rapidamente. Com 8 restaurantes, o país foi o que mais abriu lojas em todo o mundo no último semestre. Até julho, a previsão é de abrir um restaurante novo a cada duas semanas em São Paulo.
 
Quando inaugurou sua primeira loja, o plano do Taco Bell era chegar a 25 unidades até 2019. No entanto, esta marca será atingida ainda em 2017. No ritmo atual, a empresa chegará a 35 lojas em 2018 e 50 em 2019.
A empresa chegou ao país a partir de um acordo com a Sforza, gestora do empresário Carlos Wizard Martins, que atuará como franqueada.
Inicialmente, a expansão será apenas no estado de São Paulo. A ideia é fortalecer a empresa e sua estrutura logística antes de ir a outras regiões. Também não está no planejamento de médio prazo a abertura para franqueados, já que a empresa ainda não teria estrutura para dar suporte em diversos estados.
Para conseguir crescer tão rapidamente, foi necessário um trabalho intenso de busca de fornecedores. A rede norte-americana exigiu visitar e certificar todos os fornecedores. Em menos de um ano, a empresa correu contra o relógio para encontrar os parceiros ideais.
Todos os produtos são comprados de fornecedores brasileiros, com exceção de uma especiaria específica. Até o avocado, uma fruta menor e menos calórica que o abacate, é produzido por aqui.
“Se nós fôssemos importar nossas matérias-primas, o negócio seria inviável”, afirmou Michel Chaim, gerente geral do Taco Bell no país.
O produto mais recente a ser nacionalizado é a linha de produção, item mais caro em uma cozinha do Taco Bell. A mesa onde os tacos e burritos são montados era importada no início da operação, mas já é produzida no Brasil.

Executivos montaram tacos

A empresa começou no Brasil com apenas seis funcionários além de Chaim.  Eles foram aos Estados Unidos e passaram dois meses trabalhando em restaurantes, montando burritos e tacos.
Um ano depois, já são 250 funcionários, mas todos continuam experimentando a rotina do balcão de atendimento.
A rede recomenda que todos os funcionários das áreas executivas visitem pelo menos um restaurante por semana, para não se distanciar demais dos clientes, diz Chaim.

Gosto mexicano e americano

O Taco Bell foi criada em 1954 na Califórnia, Estados Unidos. Cerca de cem anos antes da fundação da rede, o estado fazia parte do México, bem como Nevada e Utah e outros territórios. Por isso, a cultura mexicana ainda é muito forte nesta e em outras regiões dos Estados Unidos.
No entanto, no Brasil esta cultura não é tão viva. “Nos últimos anos ela ressurgiu e vimos o sucesso das paletas mexicanas, mas ainda não está tão presente”, afirmou Chaim.
Mesmo assim, ele acredita que a rede terá êxito por aqui. “A base da comida mexicana é arroz, feijão, proteína e salada, bem semelhante aos pratos brasileiros”, diz ele.
Além disso, a rede Taco Bell, no Brasil, tem gosto americano, afirma o diretor. Para ele, muitos desejam comer na rede porque a conheceram em viagens aos Estados Unidos ou em filmes e seriados americanos. “A cultura norte-americana é aspiracional. As pessoas vão atrás dessas experiências”, afirmou.
O cardápio foi modificado para atender aos clientes brasileiros. A pimenta, por exemplo, é mais branda e o menu ganhou as opções de batata frita e cerveja. Além disso, alguns dos lançamentos futuros também serão desenvolvidos por aqui, como uma sobremesa com queijo e goiabada.

Crise? Não para o Taco Bell

Perguntado se a crise não atrapalhou a chegada da rede ao Brasil, Chaim responde que ocorreu justamente o contrário. Por conta da crise, os preços no setor imobiliário caíram e a rede conseguiu pontos que antes seriam impossíveis.
“Também não teríamos chegado a praças de alimentação em shoppings, que têm os aluguéis mais caros, pagando os preços de antes da crise”, disse ele.
Cerca de 500 pessoas visitam cada restaurante por dia, de acordo com a empresa.
Fonte: Exame Notícias

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